História, missão e compromisso

História

Anos 80: fundação da APAF

A APAF é uma associação profissional, sem fins lucrativos, criada a 27 de março de 1984 sob a iniciativa de um grupo de personalidades e instituições de referência no quadro do Sistema Financeiro Português.

Ao tempo da sua fundação, a APAF contava com quase 100 associados, muitos dos quais ainda hoje permanecem como associados fundadores da APAF.
A APAF nasceu na cidade do Porto com o objetivo de reunir e relacionar todos os que tivessem por atividade a realização de análises financeiras e ainda com o intuito de promover o relacionamento entre analistas financeiros em Portugal e noutros países, designadamente através da respetiva Federação Europeia de Associações de Analistas Financeiros. Ainda hoje, estes objetivos estão estatutariamente consagrados como fins a prosseguir pela APAF, os quais permanecem válidos no que respeita à sua atividade.

No início da atividade da APAF, uma das mais marcantes iniciativas foi a atribuição d’ «O Melhor Relatório Anual». Tratava-se de eleger e atribuir o prémio ao melhor relatório de atividade de empresa, o que incluía a possibilidade de aqueles relatórios que, à data, fossem publicados em inglês representarem o nosso país no concurso europeu, promovido pela mencionada Federação Europeia das Associações de Analistas Financeiros.

Década de 90: APAF, um aliado das empresas e do mercado

Apesar de a APAF ter sido fundada em 1984, pode dizer-se que foi a partir de meados da década de 90 que registou um crescimento sustentado, à medida que progressivamente foram aderindo à APAF mais Pós-graduados em Análise Financeira.

Com efeito, na década de 90 a APAF rejuvenesceu, ganhou maior dinamismo e assumiu uma crescente afirmação e implantação na comunidade dos Analistas Financeiros nacionais, em grande parte por via desta ligação com a Faculdade de Economia do Porto (FEP), o Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (IESFF) e o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

Nesta época, a APAF promoveu um conjunto de iniciativas muito significativas para as empresas portuguesas, designadamente em parceria com a sua congénere espanhola, o Instituto Espanhol de Analistas Financeiros. Tais iniciativas visavam a apresentação recíproca, nas praças de Lisboa e Madrid, das principais empresas cotadas de cada um dos países.

Também no final da década de 90, foi promovido pela APAF a elaboração e a apresentação do Código de Conduta do Analista Financeiro, marcando a APAF, desse modo, o seu papel promotor e pró ativo em prol da defesa das normas de conduta e ética relativas à profissão do analista.

Início do ano 2000: afirmação da APAF como entidade certificadora

O início da década de 2000 fica marcado pela afirmação da APAF enquanto entidade promotora da qualificação profissional e da certificação dos seus associados. Com efeito, o processo de Certificação de Consultores Autónomos, organizado e promovido pela APAF, veio reconhecer-lhe o papel pioneiro de entidade responsável pela acreditação profissional dos consultores.

O Consultor Autónomo era uma figura prevista no n.º 1 do artigo 24.º do Código de Valores Mobiliários, tendo como atividade exclusiva a prestação, numa base individual, de conselhos sobre a subscrição, compra, venda ou troca de valores mobiliários, sobre o exercício de direitos que lhes sejam inerentes ou sobre a gestão de carteiras de valores mobiliários.

O reconhecimento da aptidão profissional dos Consultores Autónomos pela CMVM pressupunha que estes fossem certificados por uma entidade autorizada. Nesse contexto, a APAF apresentou com sucesso a sua candidatura ao desempenho de tais funções.

Esta indigitação da APAF como entidade certificadora foi um importante reconhecimento por parte da CMVM do papel desempenhado pela Associação na valorização profissional, na credibilização e na responsabilização dos agentes que exercem atividade profissional na área da Análise Financeira e em áreas adjacentes.

Nesse âmbito, a APAF assinou um protocolo com o Instituto Mercado de Capitais (IMC) da Euronext Lisbon com vista a assegurar a regularidade e qualidade dos cursos de preparação bem como a permanente atualização da respetiva componente letiva.

Assim, no último trimestre de 2001 deu-se início à 1ª Edição do Curso de Preparação para o Exame de Certificação de Consultor Autónomo.

O nível de interesse despertado pelo curso em questão, assim como a qualidade das candidaturas recebidas, foram os primeiros indicadores de sucesso e oportunidade desta iniciativa da APAF.

No ano de 2002 realizou-se mais uma edição do curso e respetivo exame.

A partir de uma determinada altura, a CMVM alargou o espetro das Entidades Certificadoras dos Consultores Autónomos, aceitando, nomeadamente, que determinadas pós-graduações funcionassem como sucedâneo do Curso de Preparação e Exame antes promovidos em exclusivo pela APAF.

Foi também nos primeiros anos da década de 2000 que a APAF deu início à organização dos Encontros Anuais de Analistas Financeiros, os quais serviam fundamentalmente para o debate de temas de central importância na atividade dos analistas financeiros e dos consultores de investimento assim como para a promoção de networking entre os associados.

Presente e Futuro da APAF

A APAF é hoje uma entidade de referência no mercado de capitais, com tradição e prestígio, sendo uma das associações profissionais mais antigas do sistema financeiro português.

A APAF conta com 30 anos de atividade ao serviço dos profissionais da análise financeira e da consultoria para investimento e com cerca de 300 associados, numa clara tendência de crescimento da sua base associativa.
Nos últimos anos, a APAF tem apostado na sedimentação de uma relação de proximidade com os seus associados, procurando renovar a sua "cadeia de valor”.

Nesse sentido, a consolidação e o crescimento da base associativa da APAF é um dos seus objetivos estratégicos, no intuito de prestar mais e melhores serviços aos seus associados e de corresponder de forma cada vez mais eficaz às exigências deste setor profissional.

A APAF tem apostado também no estabelecimento de novas parcerias com entidades ligadas ao mercado, designadamente no âmbito da formação e do ensino, que permitam assegurar aos seus associados um maior e mais diversificado leque de ações de formação técnica, workshops, seminários, entre outros.

A APAF vive hoje um novo ciclo, mais voltado para a necessidade de maior cooperação com outras associações profissionais e também com entidades congéneres estrangeiras, designadamente oriundas de países de língua portuguesa.

Finalmente uma maior intervenção pedagógica e cívica, designadamente na área da iliteracia financeira, está sem dúvida entre as prioridades da APAF a prosseguir nos anos que se avizinham.

Missão e Compromisso

A APAF compromete-se com os seus associados a:

  1. Representar os interesses profissionais da atividade de análise financeira e de consultoria para investimento, designadamente junto das autoridades de regulação e de supervisão financeira;
  2. Informar e manter atualizados os seus associados sobre matérias relevantes para o exercício da sua atividade profissional e para o cumprimento das normas deontológicas;
  3. Promover a Certificação Profissional dos analistas financeiros em Portugal, em especial aquelas certificações que sejam reconhecidas internacionalmente;
  4. Contribuir para a formação especializada dos analistas financeiros e dos consultores para investimento em áreas de interesse para estes profissionais através da celebração de parcerias com Universidade e escolas de formação ou outras entidades;
  5. Promover a internacionalização da atividade do analista financeiro e do consultor para investimento, designadamente através do estabelecimento de protocolos de cooperação com entidades congéneres estrangeiras;
  6. Promover activamente a actividade do analista financeiro, designadamente organizando encontros entre analistas e constituindo-se como espaço privilegiado de networking para os seus associados
  7. Acompanhar proativamente o enquadramento legal da atividade do analista financeiro e do consultor para investimento bem como os respetivos desenvolvimentos, designadamente no quadro das iniciativas legislativas ocorridas em Portugal ou no âmbito das instituições europeias;
  8. Cooperar ativamente com outras associações profissionais do sistema financeiro português, em particular promovendo e participando em iniciativas que constituam um contributo positivo para o desenvolvimento do sistema financeiro português.